domingo, 27 de abril de 2008


ANEMIA


Quando o vejo, o dia lá fora parece parar
Enfeito o corpo com estrelas
Pois ele me faz um poema lunar.
Meu herói, meu guerreiro
Minha outra face no espelho.

Quando o vejo
A noite se torna azul
Faço-me bonita e pinto a boca
Me perfumo in-tei-ra
Saio de laço de fita amarelo
Pensando...
Ah ! Um dia serei dele
Um dia serei dele...


E pouco imorta minha anemia.
Pois meu sangue, matéria-prima para os seus versos
há tempos, feliz, lhe doei !
Sua poesia é feita de amor e de dor
Do seu, do meu, do nosso sangue
Que jorra em versos por veias profundas


Quando o vejo
Me sinto viva
pulsando,sangrando...
Nessa taça que guarda o meu desejo
meu segredo, fruto do que sinto...
quando o vejo.
Karla Julia

Marcadores:

0 Comentários:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial