ou MAGMA XII
Meu medo,
quando mergulhas com fúria em mim
é tanto que me deixas ao mesmo tempo
saciada
e
vulnerável.
Dessa feita,
aceito tuas incoerências,
me fazendo de boba
e se misturo força e covardia
é pra não te amedrontar.
Substantiva, muito verbal,
me finjo adjetiva e artificial
tuas mentiras,
relevo pra não me chatear.
Tua presença,
cada dia mais intensa
Aceitar o desafio?
Correr o risco?
Me arranho
e sangro no caminho.
Naquela roseira que insististe em plantar
e cujos espinhos,
me prometeste
sempre arrancar.
Karla Julia
Marcadores: Poesia
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