sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

ANEMIA



Quando o vejo, o dia lá fora parece parar
Enfeito o corpo com estrelas
Pois ele me faz um poema lunar.

Meu herói, meu guerreiro
Minha outra face no espelho.

Quando o vejo
A noite se torna azul
Faço-me bonita e pinto a boca
Me perfumo in-tei-ra
Saio de laço de fita amarelo
Pensando...
Ah ! Um dia serei dele
Um dia serei dele...

E pouco importa minha anemia
Pois meu sangue, matéria-prima para os seus versos
há tempos, feliz, lhe doei !
Sua poesia é feita de amor e de dor
Do seu, do meu, do nosso sangue
Que jorra em versos por veias profundas

Quando o vejo
Sinto-me viva
pulsando,sangrando...
Nessa taça que guarda o meu desejo
meu segredo, fruto do que sinto...
quando o vejo.

Karla Julia

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