UM MERGULHO NO PENSAMENTO DE CAMUS - PARTE II
Albert Camus
“L´ Homme Révolté “ (“Idées” p. 314-316 )
“Qu´est´ce que le roman, em effet, sino cet univers où l´action trouve as forme, où lês mots de la fin sont prononcés, lês êtres livrés aux êtres, où toute vie prend son visage du destin. Lê monde romanesque n´est que la correction de ce monde-ci, suivant le désir profonde de l´homme. Car il s´agit bien du même monde . La souffrance est la même, le mensonge et l´amour. Les héros ont notre langage, nos faiblesses, nos forces. Leur univers n´est ni plus beau ni plus édifiant que le nôtre. Mais eux du moins courent jusqu´au bout de leur destin(...). C´est ici que nous perdons leur mesure, car ils finissent alors ce que nous ná chevons jamais.”
“Voici donc un monde imaginaire, mais créé par la correction de celui-ci, um monde où la douleur peut, si elle le veut, durer jusqu´à la mort, où les passions ne sont jamais distraites, où les êtres sont livres à idée fixe et toujours présents les uns aux autres. L´homme s´y donne enfin à lui même la forme et la limite apaisante qu´il poursuit em vain dans sa condition. Le roman fabrique du destin sur mesure. C´est ainsi qu´il concurrence la création et qu´il triomphe, provisoirement, de la mort.”
Albert Camus.
Tradução
“O Homem Revoltado” ( “ Idéias “ p .314-416)
“O que é o romance realmente senão este universo onde a ação encontra sua forma, as palavras finais são ditas, os seres entregues aos seres, onde toda a vida toma a face do destino. O mundo romanesco não é mais do que a correção deste mundo, segundo o desejo profundo do homem. Pois se trata realmente do mesmo mundo. O sofrimento é o mesmo, a mentira e o amor. Os heróis têm nossa linguagem, nossas fraquezas, nossas forças. Seu universo não é, nem mais belo nem mais edificante do que o nosso. Mas eles pelo menos vão até o fim de seu destino(...) .É nesse ponto que nos distanciamos deles, pois eles conseguem finalizar aquilo que jamais conseguimos.”
“Eis então um mundo imaginário, mas criado pela correção deste, um mundo onde a dor pode, se quiser, durar até a morte, onde as paixões não são nunca distraídas, onde os seres estão entregue à idéia fixa e sempre presentes uns para os outros. O homem , nesse mundo imaginário, dá finalmente, a si mesmo, a forma e o limite apaziguador que ele persegue em vão na sua condição. O romance fabrica destino sob medida. É assim que ele faz concorrência à criação e que ele triunfa, provisoriamente sobre a morte.”
Albert Camus
Tradução:Karla Julia
Marcadores: França, Literatura
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