sexta-feira, 9 de novembro de 2018


"TOUJOURS 
L´INATTENDU ARRIVE "


LA MAISON


Il y a a deux ans, quand je fus malade, je remarquai que je faisais toutes les nuits le mê me rêve. Je me promenais dans la campagne; j´apercevais de loin une maison blanche, basse et longue, qu´entourait un bosquet de tilleuls. J´étais attiré par cette maiison et j´allais vers elle.
Tel était mon rêve et il se répéta, pendant de longs mois, avec une précison et une fidélité telles qu´un été, ayant appris à conduire moi-même une petite voiture, je décidai de passer mes vacances sur les routes de France, à la recherche de la maison de mon rêve.

Un jour, comme je traversais une vallée voisine de l`Isle-Adam, je sentis tout d´un coup un choc agréable. Alors je sus que j´avais trouvé le château de mes rêves. Il y avait un chemin. Je le pris. Il me conduisit devant une maison blanche.

Je sonnai. J´avais grand-peur que personne ne répondît, mais, presque tout de suite un domestique parut. En me voyant, il parut très surpris et me regarda avec attention, sans parler.
-  Je vais, lui dis-je, vous demander une faveur un peu étrange. Je ne connais pas les propriétaires de cette maison, mais je serais heureuse s´ils pouvaient m´autoriser à la visiter.
- Le château est à louer, madame, dit-il comme à regret, et je suis ici pour le faire visiter. Les propriétaires ont quitté la maison depuis qu´elle est hantée.
- Hantée? dis-je. Voilà qui m´arrêtera guère.
-Je n´y croirais pas , madame, dit- il sérieusement, si je n´avais moi-même si souvent rencontré dans le parc le fantôme qui a mis mes maîtres en fuite.
-Une histoire, dit le vieillard d´un air de reproche, dont vous au moins, madame, ne devriez pas rire, puisque ce fantôme, c´était vous."


André Maurois



A Casa

Há 2 anos, quando fiquei doente, notei que todas as noites tinha o mesmo sonho. Passeava pelo campo e via , de longe, uma casa branca, baixa e comprida, cercada por um bosque de tílias. Ficava atraído por essa casa e ía em sua direção.
Tal era meu sonho, e ele se repetiu durante longos meses, com tamanha precisão e fidelidade que num verão, tendo aprendido sozinho a dirigir um pequeno carro, decidi passar minhas férias pelas estradas das França, à procura da Casa do meu sonho.
Um dia, quando atravessava um vale vizinho a Isle-Adam, senti de repente, um choque agradável. Descobri então que tinha encontrado o castelo de meus sonhos.
Havia um caminho. Eu o peguei. Ele me levou até à frente de uma casa branca.
Toquei a campainha. Tinha muito medo que ninguém respondesse mas quase que imediatamente apareceu um empregado. Pareceu muito surpreso ao me ver e ficou me olhando com atenção, sem falar.
-Vou pedir-lhe um favor um pouco estranho, disse-lhe. Não conheço os proprietários dessa Casa, mas ficaria feliz se me deixassem visitá-la.
- Eles querem alugá-lo, senhora, disse, como que lamentando, e estou aqui para mostrá-lo. Os proprietários deixaram a casa desde que ela ficou assombrada.
- Casa assombrada? Disse. Isso não me deterá.
- Eu também não acreditaria, senhora, disse seriamente, se eu mesmo não tivesse encontrado frequentemente no parque o fantasma que afugentou meus patrões.
- Que história! Disse eu tentando sorrir.
- Uma história, disse o ancião com ar de reprovação, da qual a senhora pelo menos não deveria rir, já que este fantasma era a senhora.
                                    
                  Tradução
                  Karla Julia                                    

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