sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS

”A loba, a velha, aquela que sabe está dentro de nós. Floresce na mais profunda psique da alma das mulheres, a antiga e vital Mulher Selvagem. Ela descreve seu lar como um lugar no tempo em que o espírito das mulheres e o espírito dos lobos entram em contato. É o ponto em que o Eu e o Você se beijam, o lugar em que as mulheres correm com os lobos (…)”

trecho do excelente livro da psicanalista Clarissa Pinkola Estés,
"Mulheres que Correm com os Lobos"
           

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domingo, 23 de dezembro de 2018

O Natal na época de Elizabeth I da Inglaterra!


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quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

HAICAI




Oh, dia! Oh, céus!
pedi por inspiração 
ganhei uma paixão

Karla Julia
haicai e foto

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

POESIA

Covardia

Nasci para voar
mas coragem me falta
por isso, uso muletas
desta feita, me atenho ao chão

Se delas me libertasse
alçaria voo ao firmamento
e deixaria cintilar
minha louca imensidão 

Talvez um dia me desapegue
de tudo
e saia correndo 
descontando o tempo
em que, por covardia,
não fui o que sempre quis

Só assim
para sempre 
estrela,
serei feliz.

Karla Julia

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

É NATAL NO CASTELO DE CHAMBORD!

  No belíssimo Castelo de Chambord, no Vale do Loire, que fica pertinho de Paris, de dezembro até 6 de janeiro de 2019, já se comemora o Natal.
Quem estiver nas terras de Henri II, não deve perder. Ele está lindo!

Confiram no clipe abaixo:


         
           Joyueux Noël!


               Karla Julia

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domingo, 2 de dezembro de 2018

DICA DE LIVRO

 “A TRAVESSIA DAS  ERAS”
        de André Galvão
           


Foi com grande prazer que recebi um exemplar do livro solo de poemas “A Travessia das Eras” de André Galvão, Licenciado em Letras (UESB), Mestre em Literatura (UEFS) e Doutor em Ciências da Educação (Universidade do Minho – Portugal).

Proveniente da linhagem de poetas cuja preocupação maior são as feridas de nossa sociedade, André comprova sua excelência com versos de muita sensibilidade, mas que fazem, ao mesmo tempo, uma reflexão do “homem da cidade”, como no caso de “Urbanicômio”:

Criticamos,
e somos iguais
aos que criticamos
Condenamos,
e somos iguais
aos que condenamos
Em nossa loucura
há um lapso,
uma relação desacertada
E a cidade anda,
escreve torto
em linhas tortas
À noite, os ônibus voam,
encontram espaço
entre o amarelo e o vermelho
E as luzes distantes iluminam o asfalto
por onde desliza
o Opala amarelo de rodas largas
De longe, as luzes enganam,
clareiam a pista,
escurecem o canteiro
A nossa loucura
não é contemplar a cidade,
é tentar entendê-la.

O livro nos leva a uma viagem cosmo interior do poeta,
onde em meio à desilusão, somos convidados a nos perdermos também.
Nele, podemos constatar a falta de esperança, retrato fiel da crua realidade, cheia de preconceitos e falsos valores.É desse esforço de desvelamento, solitário, intransferível, na maioria das vezes, de que trata o poema abaixo:

 “Sonhos”

Sonhos com um mundo
que eu nunca verei.
As sombras do passado iluminam
mais do que os holofotes do presente
O precipício avança sobre nós,
inebriados com nossas vaidades,
consumidos freneticamente
por vícios insustentáveis
Dor, desesperança, medo
nada mais consigo ver
nos espelhos quebrados
que refletem pesadelos

Estamos condenados ao fastio
de nossas futilidades sutis,
flertando com cárceres de vidro
que não conseguimos quebrar
E o que nos resta enfim
é torcer para acordar de vez
do sonho que nunca sonhamos,
enquanto dormíamos de olhos abertos
As minhas esperanças no futuro
se perderam junto com a inocência
de acreditar que a raça humana
produzirá um dia finalmente
um mundo que seja possível
viver em paz.

E qual seria então o caminho para uma redenção?
Porque é no atravessar das eras que leitor e poeta farão,
suas catarses e quem sabe, um novo mundo onde as injustiças,
e a tirania do egoísmo possam ser achacadas de nossos caminhos.

         Assombro
Estranho viver nesse mundo raso,
inundado de mentiras tão profundas
sem metafísica, inspiração ou fé
que removam as montanhas da ignorância.

Obrigada poeta André, por ter me concedido o privilégio de ler seus versos.

                                                        Karla Julia



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