terça-feira, 28 de julho de 2015

A foto certa na hora certa



Essa foto, não posso assiná-la sozinha,  pois estava sentada, em um café em frente à igreja mais famosa da Cidade Luz, quando me deparei com essa cena maravilhosa para um álbum de casamento. O mérito também é do fotógrafo que está quase deitado. Sorte a minha que estava com o celular na bolsa e agradeci a Deus de poder presenciar essa cena  que é pura poesia cidade de todos os amores.


  •                                                 Karla Julia

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Dica de Filme::" Tengo Ganas de ti" - "Sou Louco por ti"



  Esse filme espanhol de 2012, dirigido por Fernando González Molina,  continuação  de "Cem metros sobre o céu" ( 2010), do mesmo diretor, baseado no livro de Federico Moccia.
  É um filme de amor, passado em Barcelona, nos dias atuais, arrebatador.
   É sobre a história de Hache (Mario Casas) que passou um tempo em Londres e que volta a Barcelona, depois de uma decepção amorosa, em busca de uma nova vida.
     Junte isso a um roteiro enxuto , com um ritmo rápido e com atores que nos passam uma forte  energia o filme prende do início ao fim.
      É uma bela história com belos intérpretes.
      Palmas para o cinema espanhol.
      Abaixo, o trailer do filme:


                                            
                              Karla Julia

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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Terezinha Correia Werson, obrigada pela lembrança

LEMBREI DE VOCE AMIGA

  
    Há mulheres que trazem o mar nos olhos
    Não pela cor
    Mas pela vastidão da alma
    E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos
    Ficam para além do tempo...
    Como se a maré nunca as levasse
    Da praia onde foram felizes
    Há mulheres que trazem o mar nos olhos
    pela grandeza da imensidão da alma
    pelo infinito modo como abarcam as coisas e os Homens...
    Há mulheres que são maré em noites de tardes
    e calma


    -Sophia de Mello Breyner Andressen-

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Pensamento do dia


                   

" Devemos viver tão bem nossa vida que, quando a morte chegar, ela trema de medo de nos levar."
   
     Charles Bukowski
         

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domingo, 26 de julho de 2015

Arranjo floral


                                                                   
                                                        arranjo floral by Karla Julia

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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Ainda sobre o Impressionismo

                            Degas

O grande gênio impressionista Degas (filho de um banqueiro), de temperamento difícil, arrogante e misógeno ( tanto que disse certa vez que preferiria ter cem ovelhas a ter uma mulher com opinião), não somente pintou bailarinas, mas também cavalos em movimentos. E para tanto, ele fez uso da recém inventada técnica de fotografia do inglês Edward Muybridge, cuja câmeras dispostas uma do lado da outra, captavam os cavalos passando em seu galope veloz). Daí a sensação  de ação e movimento.                                                                     

Degas comparecia a todas as apresentações de balet no Palais Garnier (Opéra Garnier).
Mas o interessante em suas obras, é que ele não pintava as " primas ballerinas", 
mas sim as chamadas " ratas" do ballet, sou seja, as coadjuvantes.
 
                                              
                               




                                       
                            fotos e artigo
                     Karla Julia

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Corned Beef: a homenagem mundial à iguaria uruguaia

Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, também chamado Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade, e antes designado Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade, é uma distinção criada em 1997 pela UNESCO com o fim de proteger e atestar o reconhecimento do patrimônio cultural imaterial, abrangendo as expressões culturais e tradições que um grupo de indivíduos preserva em respeito da sua ancestralidade, visando às gerações futuras. São exemplos de patrimônio imaterial: os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, festas e danças populares, lendas, músicas, costumes e outras tradições.

A cada dois anos são escolhidos esses bens a partir das candidaturas apresentadas pelos países signatários da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial. A primeira lista de eleitos foi divulgada em 2001, totalizando hoje cerca de 90 bens imateriais inscritos, oriundos dos cinco continentes. Ao Brasil foram outorgados reconhecimentos dessa natureza, particularmente à capoeira, ao frevo, ao fandango e ao samba de roda, entre outros.

Outro conjunto mais antigo de destaques refere-se ao conceito de Patrimônio Mundial da Humanidade, relacionado a um local (como uma floresta, montanha, lago, ilha, deserto, monumento, construção, complexo ou cidade) definido também pela UNESCO como de importância cultural ou física especial para o mundo. A lista é mantida pelo Programa do Patrimônio Mundial, administrado por Comitê composto por 21 países-membros eleitos.

O programa, criado por convenção internacional em 1972, cataloga, nomeia e conserva locais de excepcional importância cultural ou natural para o conjunto da humanidade. Sob certas condições, os lugares listados podem obter fundos da organização gestora com fins de conservação. Desde o ano fundacional, 190 países ratificaram a convenção, tornando-se um dos mais respeitados instrumentos internacionais da atualidade.

Em 2013, 981 locais estavam listados: 759 culturais, 193 naturais e 29 mistos, em 160 países. O Brasil possui uma lista importante de escolhas, feitas mediante critérios rigorosos que são analisados durante um longo período de avaliação. Há hoje 19 itens inscritos na relação da UNESCO, em diferentes partes do País.

Ao Uruguai, que já logrou incluir o “casco histórico” de Colônia do Sacramento como bem de preservação universal, desde 1997, se confere agora uma nova homenagem, mais precisamente relacionada à sua produção de carne, o principal dos cinco produtos gourmet mais destacados do país platino. Mas, de uma   forma bastante singular.                                                                                                                         


Em 2015, foi afinal inscrito na lista do Patrimônio Mundial da Humanidade o chamado “Paisaje Industrial Fray Bentos”, localizado na capital do Departamento de Río Negro. Trata-se de um complexo integrado pelas instalações do velho Frigorífico ANGLO, englobando seus ancoradouros sobre o Rio Uruguay, um matadouro, áreas de pastagem para o gado, uma escola e as residências dos trabalhadores que um dia operaram aquele grande empreendimento fabril, resultado de investimentos estrangeiros que apostaram nas vantagens comparativas do continente americano nos séculos XIX e XX.

Criado em 1862 como frigorífico “Liebig Extract of Meat Company”, de origem alemã e dedicado ao extrato de carne, tornou-se depois parte das operações na América do Sul de uma empresa inglesa, que em 1924 o comprou e o denominou ANGLO. À margem do empreendimento, se instalou em 1865 a primeira rede de eletricidade do Uruguai. Nos seus últimos anos de esplendor, quando a empresa processava 1.600 bovinos, 6.400 cordeiros e 4.800 frangos, além de patos e porcos, em 100 tipos de conservas, empregando 5.000 funcionários, numa população adjacente de 15.000 habitantes, passou à propriedade do Estado uruguaio em 1968, sob a denominação de “Frigorífico Nacional”, até o encerramento definitivo das atividades em 1979.

A grande motivação da escolha da UNESCO, que associa essa fábrica ao criterioso galardão de Patrimônio Mundial da Humanidade, está relacionada ao seu produto identidade, que percorreu o mundo e serviu de referência alimentar para diversas gerações de famílias em diferentes partes do planeta, de forma absolutamente inquestionável: o “corned beef”, tipo de carne vacuna cozida e enlatada, que percorreu o mundo. Quem lutou nas duas Guerras Mundiais ou sobreviveu fora dos campos de batalha àqueles tristes dias, jamais poderá esquecer-se desse produto de utilização quase generalizada na época.

                                                                     



Conta-se no Uruguai, a propósito, que durante visita oficial ao país, em 1999, o Príncipe da Gales recordou num discurso que jamais poderia esquecer-se do consumo habitual desse produto durante sua infância. Por certo, várias pessoas da idade de Charles de Windsor ou da mesma geração, sobretudo na Europa, poderiam dar o mesmo testemunho, tamanha foi a importância do chamado “corned beef” uruguaio para sua sobrevivência. E a cinematografia também ai está para comprová-lo: são as velhas latas do alimento que aparecem em películas como "Gallipoli", de Peter Weir (1981), sobre a batalha de 1915 na península turca, protagonizada no cinema por Mel Gibson e Marc Lee, e em "O Paciente Inglês", de Anthony Minghella (1996), ambientada pela Segunda Guerra e protagonizada por Ralph Fiennes.

Fray Bentos, portanto, logrou o merecido reconhecimento internacional por haver se transformado num fiel e singular testemunho do intercambio de valores e de relações humanas entre a Europa e a América do Sul naqueles tempos difíceis, cujos efeitos foram sentidos por toda a humanidade. Em meio a esses vínculos de diferentes culturas, marcadas pela complementaridade, a UNESCO encontrou os méritos necessários para declarar o complexo fabril mais importante da cidade uruguaia, o antigo ANGLO, como digno de relevância mundial.

E o mais importante: depois de haver sido considerada a “cozinha do mundo” durante o longo período das conflagrações bélicas do século XX, de 1914 a 1945, quando abasteceu de carne o Império Britânico e seus aliados, Fray Bentos, de 25 mil habitantes e localizada a 300 km de Montevidéu, retoma a sua antiga posição de destaque e volta a exportar o célebre “corned beef” que a fez famosa no passado.

Curiosamente, agora é o grupo brasileiro associado à “Marfrig Global Food”, o maior produtor de carne bovina do mundo, que retoma a produção e a exportação da carne uruguaia enlatada, não mais nas velhas instalações da ANGLO (transformadas em 1989 no Museo de la Revolución Industrial), mas numa outra fábrica de iguais dimensões instalada em Fray Bentos, a única no Uruguai que realiza hoje o processamento de carne em conserva. Depois das dificuldades enfrentadas logo após a sua instalação piloto, em plena crise econômica mundial de 2008, os novos empreendedores seguiram adiante com o projeto exportador, tendo como principal destino nada mais nada menos do que o Reino Unido, onde o consumo do “corned beef” continua arraigado na população. As latas agora têm 10 libras (4,5 kg), fabricadas por uma centena de orgulhosos funcionários, a maioria deles constituída de filhos, netos, bisnetos e sobrinhos dos empregados da antiga ANGLO.




Por certo, há dúvidas de que o príncipe William, primogênito de Lady Diana, assim como seu irmão, alguma vez tenham provado o “corned beef”, tão fundamental na alimentação de seu pai e avós britânicos. Mais ainda, que o herdeiro George e, futuramente, a princesa Charlote, venham a consumir o consagrado alimento, sobretudo diante dos avanços gastronômicos logrados pela humanidade e a excelência dos atuais bifes suculentos oriundos do Uruguai, considerado como o produtor da melhor carne do mundo.


No entanto, o que de fato a UNESCO quis homenagear e preservar, com muita justiça, foi o poder do trabalho do povo uruguaio, que magicamente enlatou e despachou para milhões, durante dezenas de anos muito difíceis para o mundo inteiro, não apenas o mugido de suas vacas (há hoje no país cerca de três milhões de habitantes e mais de sete milhões de cabeças de gado), mas também o grito tradicional de seus tropeiros e a garra de seus operários, gerando alimento para toda uma geração de seres humanos que o necessitavam. Merecida escolha!


             Silvio Assumpção

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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Haicai

Climatério

suas temperanças 
 com a mudança de clima
viraram tempestades. 


Karla Julia 
haicai e foto


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terça-feira, 21 de julho de 2015

Continuemos com o Impressionismo, meus amigos

                                                       CAMILLE PIZARRO                                                         

Um dos primeiros pintores impressionistas.Nasceu nas Ilhas Virgens. Quando foi para Paris, foi morar na rua Notre - Dame de Lorette, n°49. Sua mãe também veio, para ficar de olho nele, bem como sua meia irmã com seus cinco filhos e a cozinheira,uma empregada e uma escrava. Então vemos cinco mulheres, cinco crianças e ele.Todos apertados num apartamento.
Era de se esperar que seus primeiros quadros fossem uma tentativa de fugir dessa situação.
Começou a pintar suas viagens de um dia pelos arredores da cidade  .
                               

  






" Os Pinheiros de Louveciennes"
 Camille Pizarro

   Karla Julia

Ah! Mas não vou mesmo.

Cântico negro

José Régio

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos...?
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Dica de filme: "Há tanto tempo que te amo" ( 'Il ya longtemps que je t' aime"

  É o cinema francês dando uma aula da sétima arte. A grande  Kristin Scott Thomas , numa  magistral atuação, juntamente com um elenco totalmente adaptado à trama, tensa, sobre
duas irmãs que se reencontram depois de uma longa separação, dá a esse filme a qualidade de exclente.
   O filme, de 2009, foi dirigido por Philippe Claudel , escritor francês,que escreveu também o roteiro original. Ganhou o Cesar na categoria de Melhor Filme , de melhor roteiro original, o prêmio BAFTA de Cinema, na categoria de roteiro original, o British Independent Film Award, na categoria de melhor filme estrangeiro e o Critic'c Choice Award na categoria de melhor filme estrangeiro.
     É um dos filmes mais sutis que já vi. Aí está o trailer abaixo. No mais, é ver para crer.

                                                                       

                                                    Karla Julia
                                                                               

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O MELHOR RESTUARANTE DO MUNDO -2015

Todas as vezes que se reúnem os especialistas, para decidir a cada ano a lista dos melhores restaurantes do mundo, o clima esquenta. Muitos interessados no universo da gastronomia se guiam por essa lista de divulgação mundial, que eleva às alturas alguns chefes internacionais, e muitos outros a questionam, sobretudo aqueles não incluídos ou preteridos. Tudo isso tem a ver com prestígio e muito, muito retorno financeiro. Figurar nessa classificação equivale a assegurar repercussões positivas quanto ao aumento de reservas e concorrência do público. Entre os donos e as figuras destacadas que conduzem a cozinha desses restaurantes que competem fica sempre a expectativa da vitória.

Mas no mundo da gastronomia internacional há severos questionamentos sobre essa disputa anual que culmina na distinção de uns em detrimento de outros. A crítica se concentra, sobretudo, na metodologia utilizada pelo conclave de julgadores, visto que, segundo dizem, não se baseiam em nenhum critério especifico para a eleição dos restaurantes alçados à categoria de “melhores do mundo”. Nada há entre os requisitos que passe perto de apreciações hoje básicas, como as de natureza sanitária, nem as de cunho deontológico, segundo o qual as escolhas são moralmente necessárias, proibidas ou permitidas. Nada obstante, esse "barômetro anual do gosto gastronômico", tal como o definem seus organizadores, adquiriu notoriedade e influencia crescentes desde seu lançamento em 2002.

Recorde-se que em 2014, a classificação organizada pelo grupo britânico dos meios de comunicação e eventos William Reed coroou entusiasticamente o estabelecimento dinamarquês "Noma", do chef René Redzepi. O local já havia sido consagrado em 2010, 2011 e 2012. Esta como as outras 49 escolhas do ano passado desagradaram sobremaneira, por exemplo, os cozinheiros franceses, já que a França, o grande berço da tradicional arte da gastronomia mundial, que engloba o estudo da relação do homem com sua alimentação, seu meio ambiente e seu entorno, tem sido pouco representada nesses concursos. Alegaram também, e com razão, que entre os jurados estavam cozinheiros que poderiam figurar na lista final dos possíveis ganhadores. A velha e conhecida maracutaia.
Em junho de 2015 se reuniram mais uma vez em Londres esses julgadores. E a polêmica foi novamente a tônica. Pela Internet foi lançada uma petição solicitando que os patrocinadores públicos e privados do concurso deixassem de financiar e apoiar a lista dos concorrentes, considerada “opaca”. Representantes da Advanced Food Products (AFP), promotora da iniciativa nas redes sociais, falaram abertamente em corrupção. Às vésperas do conclave já havia quase 400 assinaturas a favor do pleito dissidente, entra as quais se destacavam a do francês Jöel Robuchon e a do italiano Giancarlo Perbellini. Mais uma investida contra as técnicas e métodos do concurso: a maneira de eleger os votantes, o desequilíbrio entre regiões, a falta de verificação de que os julgadores tenham efetivamente ido aos restaurantes em disputa, etc.
                                                               
                                                               
                                                                       

A classificação dos "50 melhores", afinal, se estabeleceu a partir da compilação das propostas de um jurado de 972 "expertos independentes", repartidos em 27 regiões do mundo, no seio do qual cada um deveria eleger sete estabelecimentos por ordem de preferência. Mas, para o citado chef Robuchon, este sistema continuava longe de ser infalível: os membros do júri deveriam ter visitado e comido nos restaurantes concorrentes pelo menos uma vez nos últimos 18 meses. Não havia provas dessas visitas nem faturas que as comprovassem.
Em defesa da lisura do conclave posicionou-se a empresa britânica Deloitte, uma marca sob a qual dezenas de milhares de profissionais de firmas independentes em todo o mundo trabalham em colaboração, a fim de prover serviços de auditoria, consultoria, assessoria financeira, gestão de riscos, consultoria tributária e serviços relacionados. Para a referida consultora, quanto à seleção dos restaurantes, os jurados não podiam votar por estabelecimentos nos quais tivessem interesses diretos ou indiretos. Ademais, nenhum dos organizadores ou patrocinadores poderia votar, sem qualquer influencia sobre os resultados que poderiam ser verificados de maneira independente.
Definidas as eventuais marmeladas, a lista saiu triunfante, para o deleite de nós outros, que estamos à margem dessas tricas e futricas localizadas. Nela estão restaurantes consagrados em anos anteriores (entre eles o nosso D.O.M. do brasileiro Alex Atala) e alguns novos, conforme se pode constatar em
http://www.theworlds50best.com/list/1-50-winners.


                                                               


O grande galardão de 2015 foi para o El Celler de Can Roca, cuja trajetória merece ser destacada. Ainda que o bairro de Taialà, em Girona-Espanha, seja o da localização do expoente número um do mundo desde sua abertura, em 1986, a história do atual líder mundial da gastronomia começa em um albergue de San Martín de Llémena, na comarca de La Garrotxa. Em 1920, o casal Joan e Angeleta Roca abre no pequeno povoado de 600 habitantes um local chamado Can Reixach, para vender comida caseira. Eram os avós dos atuais proprietários, os irmãos Joan, Josep y Jordi Roca, nascidos em 1964, 1966 e 1978, respectivamente.
À herança culinária dos “abuelos” se somou a dos pais, Montserrat e Josep, que em 1967 abriram o precursor Can Roca, no distrito de Taialà. No andar de cima do estabelecimento cresceram os três atuais proprietários, em um ambiente que logo diferenciou suas vocações futuras: o ordenado Joan foi para a cozinha, o filosófico Josep se inclinou pela oferta líquida (se autodefine como ‘camarero de vinos’) e o criativo Jordi elegeu a confeitaria.


Em 1986, os ousados e “veinteañeros” Joan y Josep, já formados na escola de hotelaria e com varias viagens à França, decidiram em casa seu plano de abrir um restaurante de alta cozinha. Seus pais, não obstante, estabeleceram uma condição: seu Celler seria um negocio à margem do originário Can Roca, que seguiria funcionando como casa de comidas. O Celler de Can Roca inaugurou em um local estabelecido ao lado da casa de comidas dos genitores. Com os anos, sua proposta de alta gastronomia foi recebendo o influxo da vanguarda culinária gerada pelo catalão El Bulli, do mestre Ferrán Adriá, de onde a Espanha ganhava terreno à França.
O primeiro prato que saiu da cozinha do “melhor do mundo” foi uma merluza com calda de alho e alecrim. Paralelamente, Josep foi construindo sua carta de vinhos, que hoje possui 30 mil garrafas com 3.360 referências. Ultrapassados os primeiros anos, Jordi aderiu ao negócio, especializando-se finalmente na “pastelería”, de onde logrou o título de melhor confeiteiro do mundo.
                                                       
                                                               
Com a tríplice vocação diferenciada dos proprietários, a clientela foi lotando as mesas do estabelecimento. Desde 2011, El Celler de Can Roca não tem carta fixa e funciona com menús-degustação de 170 e 195 Euros, sem incluir bebidas. As opções variam a cada temporada, refletindo a capacidade criativa dos três irmãos. Com 40 lugares e apoiado por 70 profissionais, o restaurante atende a 21 mil comensais por ano. Em 2014, os Roca destinaram US$ 450 mil aos investimentos em tecnologia e 12 mil horas à pesquisa, para criar 58 novos pratos. Hoje, têm até um livro que descreve a saga vitoriosa da família.
Com três “sois” no Guia Repsol e três estrelas no Michelin, o restaurante de Girona materializa um sonho: a reserva de suas mesas se abre no primeiro dia de cada mês e se esgota em minutos, com pelo menos 12 meses de antecipação.
Uma curiosidade: a família Roca possui também a sorveteria Rocambolesc, com sede em Girona, Sant Feliu de Guíxols e Madrid. Ali se vendem seis tipos diferentes de sorvetes, em casquinha ou copinho,
com até 34 divertidos “toppings”, para que assim cada consumidor possa configurar o produto final a seu gosto. Outro item destacado do local é um kit para preparar em casa, no qual se incluem “un embalaje completo con el barbapapá, la guayaba, el dulce de leche, el yogurt de oveja y el helado de leche de oveja de la raza ripollesa”.
É só viajar à Espaha para conferir.

                                           Silvio Assumpção

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domingo, 19 de julho de 2015

So blue, so blue, so blue...






A Kind of nunca mais

Me banho lembranças
de um tempo, um lugar
em que amei e fui amada demais.


Miles me pressente
e da parede, ar blasé,
parece me dizer:
- E o meu vinil que ele deu para você? 

Respondo que de blues, 
hoje em dia, só sinto falta
daqueles olhos azuis.

Karla Julia

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sábado, 18 de julho de 2015

Pensamento do dia

 
  " Com os verdadeiros amigos, podemos divergir, até discutir, mas o que nos une é tão forte, que nada fica abalado. Tudo permanece igual ao que sempre foi. Não há meias palavras, primeiras, nem segundas intenções. Não há disse me disse, nem comentários com  pessoas não envolvidas. A verdade é sempre dita.
     Por essa e outras razões adaptei para a minha vida a frase " Desapega, desapega ", para quem vive de olho na vida alheia.
     E para meus amigos vida inteira, deixo aquele verso que tantas vezes ouvi na voz dp inrsquecível Freddie Mercury : -" I was born to love  you (...) ".

   Karla Julia


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quinta-feira, 16 de julho de 2015

Chegou o dia!

     Michelangelo Lodovico di Buonarroti Simoni


Queridos amigos, é chegada a hora de lhes provar como 
Michelangelo Buonarroti pintou a Capela Sistina, com grande sofrimento,
num documento escrito pelo próprio pintor em florentino renascentista.

Antes de mais nada, gostaria de lhes explicar que Michelangelo sempre se definiu  como escultor.
Na gradação de prestígio da época, os escultores tinham mais prestígio do que os pintores. Daí ,vocês irão encontrar nessa carta escrita por ele ao seu amigo Giovani, Michelangelo fazendo uso da poesia e de metáforas para demonstrar o seu pesar pela sua condição física, profissional e emocional no tempo em que pintou a Capela Sistina.Trabalho esse, que lhe foi encomendado pelo Papa Julio II.

Michelangelo não se sentia bem naquele ambiente (isso será provado no documento escrito por ele abaixo. Para ele,era um ambiente de intriga, onde por qualquer motivo, a fogueira era o castigo mais fácil.


           
 Vemos abaixo,                       
o que está escrito na carta,
em florentino renascentista




Notemos que, o grande gênio que foi Michelangelo, usa a poesia para em metáforas,para mostrar ao amigo seu sofrimento, como se usasse uma linguagem criptografada. 
        Por exemplo, quando escreve:

 " (...) a barba ao céu e o o crânio pendo          
 sobre a corcova e o peito qual harpia   
e o pincel no rosto, todavia
e aos pingos me faz um rico pavimento"

Vemos que ele descreve a posição em que fica ao pintar :
" com a barba em direção 
   ao céu e o cérebro pendendo (quer dizer, para baixo).
   sobre a corcunda e o peito, como uma ave de rapina 
(quer dizer, ele ficava todo torto)                             
 e com o pincel em cima do rosto, que o faz gotejar (isto é,a tinta que cai do teto em cima dele e no piso de mosaico da Capela Sistina).

                                        Karla Julia

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Silêncio...

Nesse mundo onde " no princípio era o verbo"
quero o silêncio da hora do beijo.

 Extraído do poema "Um Minuto de Silêncio"
   de Karla Julia

                             
Foto" O Beijo" de Rodin
by Karla Julia

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Pensamento do dia

" Que coisa maluca a distância, a memória.
   Como um filtro, um filtro seletivo,
   vão ficando apenas as coisas
   e as pessoas que realmente contam."
 


                 

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quarta-feira, 15 de julho de 2015

Um pouco mais sobre o Impressionismo



                               Tela:Pierre Auguste Renoir ,"Jeune femme à la voilette noire"

                                             Os impressionistas, com suas pinceladas e rejeitando o rigor do academicismo anterior, retrataram como nenhum outro movimento, a moda de seu tempo.Podíamos até perceber o tipo de tecido que era usado, se era algodão, ou seda.Eles, que descreviam cenas quotidianas, gente comum, souberam nos transmitir os costumes e a moda da época com uma habilidade impressionante.

                                             Artigo e foto
                                             Karla Julia
                                

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RIQUEZA BASCA CULTIVADA NOS TRÓPICOS


                             Riqueza Basca Cultivada nos trópicos
                                                                                   
                                                                                       

          Eu não a conhecia, confesso. Surgida na França e tradicional na Espanha, nem sabia que, além do Uruguai, da Argentina e do Chile, o Brasil também a produz com sucesso nas Américas.
Com um nome que até parece de origem indígena, trata-se de uma casta basca (da fronteira francesa e espanhola) denominada ARINARNOA, da qual se produz um vinho dito luminoso, somatório de ARIN (agradável) e ARNO (vinho). Inicialmente pensou-se ser cruzamento da Merlot com a Petit Verdot, mas recentes estudos de DNA a identificam como o cruzamento entre a Tannat e a Cabernet Sauvignon. Em princípio duas uvas que se deram muito bem no sudoeste francês que, digamos, não é muito forte em termos de viticultura, principalmente se a compararmos com outras regiões francesas mais afamadas.
         Este cruzamento nos trouxe uma variedade com taninos firmes e aromas vegetais. Não tão rústicos como os da Tannat e algo herbáceo vindo da Cabernet Sauvignon. Com força para evitar doenças e fungos, como as castas que lhe deram origem. Gosta de invernos rigorosos e verões ensolarados, típico do clima da região da Campanha Gaúcha.
Particularmente na Banda Oriental do Rio da Prata, existem hoje menos de 30 hectares a ela dedicados. Buscando diversificar os vinhedos, há alguns anos, a Família Giménez Méndez, dedicada à produção de vinhos finos, buscou uma nova uva tinta com boa aptidão para o clima local. A casta não tinha antecedentes no país e logo se tornou muito apreciada pelo setor da gastronomia. Iniciou-se então a saga uruguaia na produção de um vinho robusto e viril, de cor vermelho-púrpura com reflexos violáceos e aroma generoso de frutas negras, que se expressa com força na boca, com taninos maduros muito perceptíveis que pedem a companhia de uma carne vermelha, um bom cordeiro ou uma 'parrilla surtida'.
          ARINARNOA: vale a pena prová-la.

                                   
                          Silvio Assumpção

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Não Percam!

Queridos amigos, nos próximos dias, 
postarei  a prova cabal de que Michelagelo pintou a Capela Sistina
com grande sofrimento, em documento do próprio pintor

Não Percam!

Karla Julia


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DICA DE FILME: "O Mensageiro"





  Fazer jornalismo investigativo nunca foi fácil.
  Principalmente quando se desafia os poderosos.


  A batalha pela verdade muitas vezes se transforma numa guerra suja onde o incomodado
procura desacreditar a versão que se tem dele.

    O filme não trata, como pode parecer a princípio, dos atuais fatos e escândalos que assolam a vida dos brasileiros,mas sim de uma história investigada pelo jornalista Gary Webb ( muito bem representado pelo ator Jeremy  Renner) que envolvia a CIA, os Contra da Nicaragua, tráfico de drogas e armas. 
     Baseado em fatos reais, um filme que prende a atenção do início ao fim. 

                                           Karla Julia
   
 

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sábado, 11 de julho de 2015

Pensamento do dia

                                            
                           "Diabético é quem não consegue ser doce"
                            
                                               Mario Quintana 

                                                                      

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RECORDANDO UM CLÁSSICO DA ENOLOGIA MUNDIAL

      La Rioja    

Qual amante dos vinhos de excelência não ouviu falar de La Rioja? De forma particular, Rioja é o termo que se atribui, sobretudo, ao vinho da cepa Tempranillo, com Denominação de Origem Controlada (D.O.C.), presente também em Portugal onde é conhecida como Aragonez ou Tinta Roriz. Na Espanha, a terminologia está invariavelmente associada à Comunidade Autônoma de La Rioja, reconhecida mundialmente por seus exemplares de grande prestígio, especialmente de cepas tintas. Tecnicamente, atribui-se também ao conjunto patrimonial alguns vinhos oriundos de Navarra e da Província de Álava, no País Basco. Como se costuma dizer, essa região é similar em importância às terras de Bordeaux e da Bourgogne na França, tão perto delas está geograficamente.


Caracterizada por topografia montanhosa, ela está basicamente associada ao complexo serrano da Cantabria. Mas o grande repositório mundial de vinhos riojanos está subdividido em três partes: a Sierra de Toloño, entre as Conchas de Haro e Peñacerrada, outra zona sem sobrenome chamada unicamente Sierra da Cantabria e a Sierra de Codés. Desde a chamada Llanada Alavesa estende-se um amplo vale situado no noroeste de Álava que é o último limite natural antes de adentrar-se nas várzeas da grande Rioja Alavesa, no Vale do Ebro.


Diz-se que, com o advento da ‘filoxera’ na Europa, durante a década de 1870, e dos prejuízos decorrentes dessa praga propagada por um inseto homônimo, muitos viticultores se trasladaram à Espanha e encontraram nas terras de La Rioja condições muito diferentes de outras paragens produtoras, mas também uma oportunidade de criação e desenvolvimento de excelentes vinhos. A doença não demorou a alastrar-se pelas terras espanholas, obrigou os produtores estrangeiros a retornar aos seus solos de origem, deixando para trás, contudo, as ideias e a metodologia tradicionais da vizinha França.
                                   
                                   

La Rioja possui características climáticas excepcionais. Os vinhedos estão a 450 metros acima do nível do mar e dispõem de chuvas abundantes, longas primaveras e outonos tardios, verões longos e tórridos. O vinho que lá se produz é distinto de outras variedades espanholas, mas muito bem elaborado, extremamente delicado e fino, com um ligeiro gosto adocicado e tostado.

                                                                      
Na chamada Rioja Alta se cultivam as variedades Tempranillo, Mazuelo, Graciano e Garnacha, todas de uvas tintas, além de Viura e Malvasía, de cepas brancas. Talvez a mais célebre, Tempranillo, se utiliza como varietal e também como líder para refinados ‘blends’, de constituição equilibrada, robustos, ácidos e aromáticos, muito indicados para a ‘crianza’, ou seja, o envelhecimento. Do ponto de vista alcoólico, os tintos vão de 10.5° a 12°, segundo a origem específica. Os brancos, ligeiramente menos alcoólicos, são secos e bastante aromáticos.


Na zona classificada como Rioja Baja predomina a variedade Garnacha, cujo produto final adquire graduação elevada, de 14° a 16°, certa pastosidade, pouca acidez e paladar suave.


A terceira subzona, conhecida por Rioja Alavesa, é a longa e estreita comarca que surge ao norte do rio Ebro. É a parte mais reguardada, pela proximidade com as Sierras Sántabras, assim como por sua singular orientação geográfica que permite maior insolação. As variedades de uva são as mesmas da Rioja Alta, com resultados muito equilibrados, grande densidade e corpo, aroma e gosto peculiares. Sua graduação média é de 14°, também propícios ao envelhecimento.


Para registro, vale lembrar que durante décadas houve apenas sete variedades de uvas presentes em La Rioja e autorizadas como classificação de origem por seu Conselho Regulador: quatro tintas (Tempranillo, Garnacha, Mazuelo e
Graciano) e três brancas (Viura, Malvasía y Garnacha branca). Em meados da década de 2000, o órgão responsável aprovou, pela primeira vez desde sua criação em 1926, a incorporação de novas variedades na região: seis brancas (Chardonnay, Sauvignon blanc, Verdejo, Maturana branca, Tempranillo branco e Turruntés) e três tintas (Maturana tinta, Maturana parda y Monastel). Atualmente, muitos dos vinhos Rioja têm tradicionalmente misturado uvas das três regiões principais, mas lentamente se afirmam os exemplares que utilizam uvas de uma única sub-região, a fim de manter a tradição dos varietais.
                                                   
         
 Como o tema interessa a catadores, não se pode deixar de falar nos ‘maridajes’. Como se sabe, o verbo ‘maridar’ foi cunhado na Espanha para descrever metaforicamente o casamento entre um determinado prato de comida e o vinho que se elege para acompanhá-lo. Como única regra, o vinho não deve se impor ao prato nem o prato ser de mais enérgico sabor que o vinho.
Em relação aos de La Rioja, os brancos jovens e secos combinam perfeitamente com saladas de legumes, ostras e mariscos. Os secos envelhecidos em barril se adaptam melhor aos pescados mais gordurosos e aos animais de carne branca em forma de assados. Os vinhos rosados são especiais para aperitivos e pratos ligeiros. E os tintos, naturalmente mais cobiçados, casam com o que é desde logo habitual: os chamados gran reserva são especiais na companhia de carnes vermelhas, animais de caça, queijos curados e presuntos crus que efetivamente os mereçam; os envelhecidos se equilibram bem com os ‘platos de cuchara’, aqueles com caldo, além das vitelas mais gordurosas, carnes de cordeiro e de porco; e os tintos jovens se levam bem com guisados de verduras, carnes vermelhas e queijos semicurados.
Não obstante essas sugestões gastronômicas dos entendidos, apenas indicativas, tudo nessa combinação dependerá do gosto do consumidor e da sensibilidade de seu próprio paladar, para os quais não há regras estritas. A grande síntese sobre os vinhos referidos, a determinar tudo em relação ao seu agradável consumo sob qualquer enfoque, são a elegância, a originalidade e o caráter que caracterizam os grandes Rioja 'españoles.'
                            
                                      Silvio Assumpção  
   
                                  

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